Favela Fala: Conheça o projeto de extensão que inspirou a produção de

Favela Fala:

Conheça o projeto de extensão que inspirou a produção de documentários na Maré

 

Por Natacha MAthias e Renata Melo

 

Realizado no Centro Cultural Ypiranga de Pastinha, no Morro do Timbau, Maré, o curso de Comunicação Comunitária “Favela Fala” foi uma iniciativa do Núcleo de Solidariedade Técnica da UFRJ (Soltec/UFRJ) em articulação com moradores do local. O curso faz parte do projeto “Análise Crítica dos Meios de Comunicação- Atualização em Comunicação Comunitária”, que integra o Programa Institucional de Bolsas para Cursos de Extensão- PIBCE 2016. 

 

Com uma turma de cerca de 30 estudantes, em sua maioria moradores da Maré e de outras favelas do Rio de Janeiro, foram realizadas oficinas durante os sábados de junho e julho, em horário integral. Foi depois de uma dessas aulas que o aluno Gustavo Henrique Luz, que é morador da Maré, fez um relato espontâneo e empolgado sobre sua experiência no curso em sua página pessoal do facebook: “Orgulhosamente, tenho me encontrado com outros periféricos todos os sábados para aprendermos sobre comunicação comunitária, e essa experiência agregadora tem me mostrado que sou responsável por construir a partir da minha voz, um novo modo informativo para discursar a nossa verdade.”

Como Gustavo sinalizou, o curso contou com encontros para discutir comunicação comunitária a partir do foco no protagonismo de seus produtores. Assim, os sábados do “Favela fala” foram marcados por debates sobre representatividade, gênero, racismo, machismo e aulas técnicas introdutórias das ferramentas para se buscar a comunicação, como produção textual e audiovisual, técnicas de entrevista, assessoria de imprensa, fotografia e videoativismo. Além de atividades extras, como aula de história pelo centro da cidade do Rio de Janeiro e exibição exclusiva do documentário “Menino 23”.

 

Divididos em grupos e orientados pela equipe de organização, muitos dos estudantes optaram pela produção audiovisual para o desenvolvimento dos trabalhos de conclusão de curso.  Como temas surgiram questões como: impacto das olimpíadas na favela, mães vítimas de violência, cultura, gênero, imigração, entre outros. O grupo que realizou o trabalho sobre as mães que perderam seus filhos pela violência do Estado intitulado “Do luto pra Luta” pensa em dar continuidade ao produto do seu trabalho e tem mantido contato com as militantes após o término do curso: “Encontrei com as mães essa semana e elas disseram que cada vez que veem o vídeo é como se estivessem sendo abraçadas”, disse Claudio Lima, aluno do Favela fala e um dos realizadores do curta-metragem. O documentário já foi divulgado em exibições na Maré e em Manguinhos e seus produtores pretendem ampliar a divulgação do filme em outras mostras pelo Rio de janeiro.

 

Outro projeto que nasceu a partir do curso é o “Complexos”, coletivo que pretende desenvolver uma série de curtas. A primeira temporada se chama “Trajetos” e conta a história de duas angolanas, moradoras da Vila do Pinheiro, na Maré. O curso também inspirou a realização de um programa de rádio que discute gênero a aprtir do ponto de vista de homossexuais entrevistados pelo aluno Hyan Victor. Na mostra de trabalhos finais, a turma foi surpreendida por uma apresentação performática do podcast realizada pelo estudante, que também é ator. Houve espaço ainda para a produção textual. Tainá da Silva produziu matérias discutindo a representatividade negra e a capoeira como símbolo de resistência cultural.

 

Diante dessas perspecticas e do interesse da turma no aprofundamento na produção de vídeos está sendo realizada uma continuação do curso “Favela Fala”, na Maré, dessa vez com foco na técnica audiovisual. As aulas começaram no dia 24 de setembro e seguem até o dia 3 de dezembro quando está prevista uma mostra de novos vídeos produzidos pelos estudantes do curso.

 

Conheça alguns dos trabalhos realizados durante o curso:

 

“Complexos”: https://www.facebook.com/oscomplexos/?fref=ts

“Do luto pra Luta”: https://www.youtube.com/watch?v=FDXRNutAIvI

“Antes que os jogos comecem…”: https://www.youtube.com/watch?v=angNMf4ibsg

“Sobre mulheres negras: nossa representatividade importa”: 

https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/escreva-preta-nos-somos-nossa-referencia/

“A capoeira e seu sinônimo de resistência cultural”: https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/oi/

https://favelafalasite.wordpress.com/2016/08/04/oi/

 

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PRAZO DE INSCRIÇÃO DO MESTRADO PRORROGADO!

O prazo de inscrição para o mestrado do NIDES foi prorrogado para o dia 14/10. Para mais informações sobre o mestrado, .

Espaço Itaipu de Economia Solidária

Instituto Politécnico da UFRJ – FECHADO!

 

“Hoje entrei no IP UFRJ pela primeira e última vez depois de tudo ter acabado, e senti tamanha angústia que não soube explicar, e com tamanho pesar descobri que hoje 02/08/16 faz 4 anos que Fernando Amorim morreu. E parece que com um ato de póstuma tristeza hoje de manhã o cão que era criado em nossa escola apelidado pelos alunos de ‘Negueba’ foi encontrado morto.. Talvez tenha sido por saudade, que de tanto esperar pelos alunos resolveu descansar. Triste Coincidência. Ao me despedir da escola fiz questão de andar pelo corredor de madeira só para sentir mais de perto que a arca, a nossa arca que antes era viva, agora jazia e já não respirava mais; e foi assim que pela última vez e com lágrimas nos olhos passei pela saída e vi que enterrado junto á carcaça da Arca haviam muitos sonhos”.
(Ana Manoela G.- adm)

Lembrar Aloísio Teixeira em tempos de retrocesso na Educação

 

A lembrança de Aloísio Teixeira em tempos de retrocesso na Educação: Um educador em defesa das causas sociais e democráticas, da soberania nacional e do socialismo.

“Permaneci um combatente das mesmas lutas: a democracia, a soberania nacional e o socialismo” Aloísio Teixeira

Em 23 de julho de 2012, o Brasil perdeu um dos seus maiores quadros na Educação Pública com o falecimento do Prof. Aloísio Teixeira. Havia completado um ano após o fim de dois mandatos (2003/2011) como reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que foi a sua trincheira de realizações e protagonismo dessa universidade durante esse período. No dia do seu falecimento a Presidenta Dilma Rousseff declarou: “Um brasileiro que abraçou a educação como grande instrumento de transformação da sociedade e fez do exercício de educar um compromisso de vida, como mostrou seu trabalho à frente da Universidade Federal do Rio de Janeiro”. A marca de Aloísio Teixeira a frente da UFRJ foi de uma   trajetória vitoriosa com transformações e protagonismos na luta pelo acesso dos jovens brasileiros de 18-24 anos ao ensino superior. Foram implementadas propostas de democratização da entrada aos cursos de graduação e expansão das vagas. Em seu artigo: A universidade brasileira e os desafios do século XXI, escreveu:  “os alunos da rede pública de ensino médio, quando conseguem completar este ciclo, não dispõem de condições para superar os obstáculos do vestibular nas universidades públicas. Eles desistem de ingressar no terceiro grau ou optam por universidades particulares, de reduzida qualidade. Por outro lado, os estudantes de maior renda, frequentadores de bons colégios da rede privada, têm maior acesso ao ensino de qualidade das universidades públicas. ” 

 

Durante os oitos anos à frente da instituição foi um crítico severo dessa situação perversa e soube aprovar nos Colegiados Superiores uma série de Políticas Públicas de Inclusão Social e Cidadania que permitiram a UFRJ ampliar suas vagas e democratizar o acesso a excelência de suas vagas com qualidade.  Esse período conjugou o fortalecimento da democracia interna da UFRJ ao seu crescimento como instituição.  Foi no momento histórico, que coincidiu com os dois mandatos do governo Lula, o qual deixou para trás um passado amargo de sucessivos cortes de verbas da Educação e a intervenção de um Reitor, não eleito pela comunidade, indicado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

 

A PACIFICAÇÃO DA UNIVERSIDADE E OS INVESTIMENTOS DO GOVERNO FEDERAL NA UFRJ

Ao tomar posse em 2003, Aloísio assumiu o compromisso do fortalecimento do tecido institucional que foi totalmente destruído durante a intervenção do Governo FHC através da nomeação de um Reitor que não tinha nenhuma liderança institucional.  Nos seus dois mandatos todos os colegiados superiores) tiveram suas atividades retomadas em pleno funcionamento. Sem rancor nem perseguições aos adversários de ontem, o tecido social da UFRJ foi sendo reconstituído. Ele prestigiava todas as posses dos novos dirigentes eleitos para todas as unidades acadêmicas e decanias e levava através da Reitoria Itinerante toda a sua equipe para conhecer e discutir propostas e soluções para as diversas reinvindicações. Imediatamente a posse, implantou o Orçamento Participativo, dando total transparência dos recursos financeiros e sua repartição entre as diversas unidades acadêmicas.  Dizia a todos que “aquela era uma vitória da UFRJ e que a democracia da instituição era fruto de um projeto coletivo. “ Nos oito anos como Reitor jamais deixou de ouvir as vozes dissonantes e o diálogo era permanente com a representação dos professores, estudantes e técnicos administrativos.

Instituiu a Plenária de Decanos e Diretores com reuniões mensais, sempre em uma unidade acadêmica que servia como elo de informação e diálogo com a Reitoria. As sessões dos conselhos superiores passaram a serem transmitidas ao vivo para toda a comunidade acadêmica através da Webtv.  

Aloísio assumiu a Reitoria, em 2003, com um orçamento anual de R$ 35 milhões, destes, R$ 10 milhões, eram para pagamento da conta de energia elétrica. Não era previsto recurso algum para investimentos. Poucos recursos poderiam ser destinados às unidades acadêmicas para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e pós-graduação. Realidade esta que mudou ao longo dos oito anos com a política de apoio ao ensino superior do Governo Federal, principalmente com a chegada de Tarso Genro e Fernando Haddad ao Ministério da Educação. Ao final do segundo mandato os recursos orçamentários chegaram a um total de aproximadamente R$ 480 milhões, dos quais R$ 150 milhões eram para investimentos em prédios e obras de infraestrutura.  Enquanto no período neoliberal de FHC poucas eram as vagas para concursos de professores e técnicos administrativos, o governo Lula fomentou não somente os recursos orçamentários como as vagas docentes. Durante o período 2006-2011 foram aproximadamente 1216 novos docentes concursados e outros 3.500 técnicos administrativos. 

 

OS PROJETOS DE MUDANÇAS DE UMA NOVA UNIVERSIDADE

Seis meses após a sua posse, iniciou uma grande discussão sobre critérios para alocação de vagas docentes nas unidades e o documento “ALGUMAS DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRO DOCENTE DA UFRJ” serviram como guia de discussão nas unidades e nos colegiados superiores.  Na sua introdução Aloísio Teixeira escreveu que “A incorporação de novos docentes às Unidades da UFRJ é um evento estratégico, cujo impacto se faz sentir por longo prazo e define por décadas o perfil da Universidade. Deve ser, portanto, cuidadosamente organizado, a fim de promover o adequado desenvolvimento acadêmico do ensino, da pesquisa e da extensão. Além de atender a necessidades de caráter emergencial e de voltar-se para a reposição de perdas decorrentes de aposentadorias, exonerações e falecimentos, a política de alocação de vagas deve apoiar-se, sobretudo, em criterioso processo de avaliação de sua repercussão no futuro acadêmico-institucional da universidade. ”

Em março de 2006, o então Reitor Aloísio Teixeira apresentou, à comunidade universitária, o documento “Proposta de Plano Quinquenal de Desenvolvimento para a UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO”, onde eram lançadas as bases para o desenvolvimento e expansão da UFRJ. Com a sua equipe ele levou e debateu esse documento em todos os órgãos superiores da universidade, visitou todas as congregações das unidades para conclamar uma ampla reflexão sobre a proposta.

Essa proposta valorizava a excelência dos cursos de graduação e pós-graduação e pesquisa e que trazia uma forte reflexão sobre o caráter fragmentado desses cursos com vícios que vieram desde a sua criação. No prefácio dessa proposta Aloísio ressalta alguns problemas com a aplicação da autonomia universitária, insuficiência dos recursos orçamentais, mecanismos públicos de financiamentos compartimentalização das carreiras profissionais entre outras: “A elevada qualidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela UFRJ não oculta as dificuldades e problemas, que a instituição enfrenta para cumprir sua missão institucional e tornar-se uma verdadeira construtora de futuros. Alguns desses problemas decorrem de políticas governamentais equivocadas das últimas décadas, como, por exemplo, as restrições à plena aplicação do princípio da autonomia universitária; a insuficiência crônica dos recursos orçamentários; a inadequação dos mecanismos públicos de financiamento e apoio institucional à pesquisa; a desqualificação do serviço público. Outros fatores resultam de sua estrutura peculiar e de seu próprio processo de constituição. Dentre esses, pode-se destacar sua organização federativa; a compartimentalização das carreiras profissionais; o caráter instrumental e profissionalizante do ensino; a limitada variedade de carreiras oferecidas; a estruturação inadequada dos curricula; o caráter “elitista” dos mecanismos de ingresso; o isolamento entre as unidades da universidade e entre esta e as demais instituições e instâncias da sociedade, pela falta de mecanismos integradores e de instrumentos de comunicação internos e externos. Nunca antes, talvez, portanto, a UFRJ tenha estado tão urgentemente diante do imperativo de pensar, debater e decidir seu futuro, renovando-se criticamente pelo esforço comum e participativo de sua comunidade”.

Em outro trecho o documento apontava a necessidade da universidade se atualizar: “Com a expansão sem precedentes que a educação superior alcança em todo o mundo, principalmente, mas não só, nos países do centro capitalista. Em vários países da América, da Europa e da Ásia, o percentual de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que cursam instituições de educação superior, já ultrapassou a casa dos 60 por cento. Tornando-se um direito universal, a que todos podem ter acesso, a Universidade já não pode pensar-se como um mecanismo de produção ou reprodução de elites”. Com a sua equipe ele levou e debateu esse documento em todos os órgãos superiores da universidade, visitou todas as congregações das unidades para conclamar uma ampla reflexão sobre esses temas.

“A realização das utopias”

Fruto desse longo debate o Plano de Desenvolvimento Institucuonal se transformou em o Plano de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE), o qual foi o projeto básico que a UFRJ utilizou para apresentar ao MEC a sua proposta de solicitação de verbas e vagas. Essa expansão da educação superior da universidade foi apresentada ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do MEC, como o principal objetivo ampliar o acesso e a permanência na educação superior.  Segundo Aloísio, “a realização das utopias que lutei em toda a minha vida”.

Universidade integrada que se integra à cidade foi o que escreveu Aloísio Teixeira no prefácio do Plano Diretor UFRJ 2010-2020 “A UFRJ chega aos seus 90 anos demonstrando grande vitalidade, assim como enormes disposição e capacidade para se renovar, reciclar e reconfigurar. Assim deve ser uma universidade pública que pretende e precisa se manter contemporânea do seu momento histórico, integralmente solidária com o seu povo e fortemente comprometida com os melhores e maiores ideais das tradições universitárias. O novo Plano Diretor da UFRJ do Rio de Janeiro, aprovado pelo Conselho Universitário em outubro de 2010, reflete de forma emblemática estas perspectivas e traduz expectativas que a UFRJ reservou para o seu horizonte de futuro próximo. O desenvolvimento do Plano Diretor coincide com um período dominado por circunstâncias bastante singulares da história recente das universidades públicas federais. Neste momento, um significativo aporte de recursos materiais e humanos está sendo disponibilizado para sustentar programas de reestruturação nas nossas instituições federais de ensino superior. O Plano Diretor UFRJ -2020 nasce, portanto, sob o signo de uma expansão sustentada dos nossos cursos, sobretudo de graduação, e de estímulos concretos a mecanismos de democratização do acesso. Ele representa mais do que tudo a possibilidade concreta de manifestarmos, de forma planejada e organizada, para a comunidade UFRJ e para a sociedade as transformações e mudanças que nos aproximarão do futuro e das expectativas em nós depositadas por estudantes, professores, técnico-administrativos e, sobretudo, aquele que financia e a quem deve servir uma universidade pública como a nossa: o povo brasileiro”

Em 2010 foram abertos mais de 500 contratações de professores e 1.500 técnicos administrativos. Com essa expansão de recursos orçamentários do Governo Federal a universidade pode se planejar melhor, desenvolver suas atividades e iniciar os investimentos em novos prédios, salas de aula, laboratórios e se modernizar. Na graduação, o número de vagas cresceu cerca de 50% e foram criados 25 cursos novos, além da expansão em Macaé e Xerém. 

 

CRÍTICA AO CARÁTER ELITISTA DA UNIVERSIDADE 

“O vestibular é uma excrescência do ponto de vista didático, pedagógico e social”

Nessa entrevista ao Jornal O GLOBO em 3 de julho de 2011, Aloísio comenta a sessão do Conselho Universitário que aprovou o fim do vestibular e Aloísio conseguiu a aprovação do fim do vestibular da universidade e sua substituição pelo Enem-SISU e aproveitou para fazer um balanço dos oitos anos como dirigente máximo da UFRJ. 

No entender de Aloísio, apenas a expansão de vagas para o ensino superior não atenderia às necessidades da educação no país, porque continuariam sendo aprovados alunos com o mesmo perfil econômico e social em vigor. Era necessário democratizar o acesso a excelência dos cursos, permitindo aos alunos vindos das escolas públicas e de famílias de baixa renda entrarem para a universidade. De acordo com dados da Pró-Reitoria de Graduação da UFRJ aproximadamente 74 mil estudantes se inscreveram no concurso de acesso à UFRJ de 2010. No entanto, 52% dos candidatos se concentraram em, apenas, sete das 116 opções de cursos de graduação desta universidade.

Aloísio também conseguiu sensibilizar o Conselho Universitário para a sua proposta quando apresentou dados reveladores de imensa discrepância social: Quatro em cada cinco pessoas que concluíam o ensino médio no Rio de Janeiro, o faziam na rede pública de ensino, no entanto 54% dos inscritos no concurso da UFRJ eram estudantes de escolas particulares, o que indica que muitos estudantes da rede pública não tentavam ingressar na universidade, mesmo com a gratuidade do último exame.  E tem mais: Apenas 6,29% dos estudantes da rede estadual de ensino conseguiram ser aprovados no concurso de acesso em 2009 à graduação na UFRJ, em face de 12,32% daqueles oriundos de escolas particulares e 17,31% da rede pública federal de ensino médio. Com esses dados, novamente Aloísio levou aos diretores das unidades e aos colegiados superiores a proposta de reserva de vagas através de cota social e adesão da UFRJ ao sistema ENEM-SISU. Mostrou à comunidade acadêmica a necessidade de consolidar e ampliar os mecanismos de democratização do acesso ao ensino superior e as ações afirmativas voltadas para a valorização da escola pública e o apoio a jovens socialmente vulneráveis.

 

Alunos de família de baixa renda

A proposta encaminhada aos colegiados superiores assegurava acesso diferenciado em todos os cursos e implantava mecanismos internos de viabilização da permanência do estudante na UFRJ durante todo o curso. Junto com a proposta de cota social, apresentou o documento: “AÇÃO PROVISÓRIA PARA GARANTIR ACESSO E PERMANÊNCIA DE ALUNOS PROVENIENTES DE FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA”. Este documento continha propostas com ações para atacar os problemas de evasão escolar, que poderiam ocorrer com os alunos que contemplavam bolsas de acesso e permanência; meios de transporte gratuitos para deslocamento ao campus; acesso à rede de dados e disponibilização de equipamentos de informática em unidades de informação e laboratórios de informática de graduação públicos; acompanhamento acadêmico e oferta de disciplinas suplementares, de apoio e introdutórias, com envolvimento de docentes e estudantes, dando continuidade e ampliando projetos de apoio pedagógico visando a suprir carências de formação do ensino médio.

No último dia do seu mandato em julho de 2011 o Conselho Universitário da UFRJ aprovou a cota social de 30% das 9.000 vagas oferecidas pela UFRJ, aliando a origem na escola pública com a renda familiar. Com a seleção de vagas pelo ENEM-SISU a UFRJ terminou com o seu famigerado vestibular. Em entrevista ao Jornal O GLOBO declarou que “Sou de uma geração que lutou a vida inteira contra o vestibular. Desde a primeira edição que participei como reitor, defendi caminhos alternativos para o acesso à universidade. O vestibular é uma excrescência do ponto de vista didático, pedagógico e social. Ele consolida os mecanismos de exclusão e foi um esforço desmontar essa máquina perversa. Não que o Enem seja isento de problemas, mas é um passo importante ter uma prova nacional”.   

A gestão de Aloísio e Sylvia foi vitoriosa não somente do ponto de vista das melhorias que trouxe à Universidade, mas por colocar em cheque a estrutura excludente do ensino superior brasileiro. Durante todo o período de (2003 a 2011) essa gestão foi crítica à pequena cobertura oferecida pelo sistema educacional, onde apenas 13% dos jovens, entre 18 e 24 anos, estavam matriculados em instituições de educação superior, públicas ou privados. Para um país que caminha para ser a quinta economia do mundo isso é muito pouco. A média da América Latina é 32%. Nos Estados Unidos e países da Europa são 60% de jovens cursando educação superior. Isso mostra a nossa defasagem no cenário mundial e, se não chegarmos a índices melhores, estaremos condenando o futuro do Brasil.

A restrição ao conhecimento e à educação de qualidade é um dos principais mecanismos de perpetuação da pobreza no Brasil. Ingressar na universidade federal é a possibilidade de milhares de jovens romperem com essa lógica, ter acesso a uma educação de muita qualidade e vislumbrar uma ascensão social. Como o próprio nome indica, a Universidade é universal e é também muito diversa como espaço livre e democrático, com áreas de saberes especializado. Um dos legados dessa Reitoria foi mostrar que a Universidade precisa conviver com todas as diferenças. É preciso tratar as diferenças com compreensão e não apenas com tolerância. Na sua despedida, Aloísio lembrou a importância de que sejam desenvolvidas, mais ainda, as Ciências Humanas e Sociais na Universidade. “A universidade somente terá verdadeira excelência, e em âmbito nacional, caso as Ciências Humanas e Sociais obtenham nova centralidade no processo de reestruturação universitária”. Em artigo que escreveu na Revista Princípios “A universidade brasileira e os desafios do século XXI” delineou os caminhos para o debate sobre os rumos da universidade brasileira.

Em seu artigo “A Universidade do Brasil: As ações de inclusão e a democratização no acesso dos alunos mudam a cara da UFRJ” publicado recentemente pela ADUFRJ, a Profa. Angela Rocha   afirma que “a mudança radical no perfil dos alunos da universidade, graças às políticas afirmativas seegundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas do curso de Medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão concorrida quanto Medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, “Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo.”. Mostrando que as ploticas de ampliação de vagas e democratização ao acesso ao ensino superior que tiveram início na Reitoria Aloisio Teixeira não influenciaram na queda da qualidade do excelente ensino de graduação na UFRJ. A Professora Angela Rocha que foi Pro Reitora de Graduação na Reitoria do Prof. Carlos Levi afirma que “A grande consequência do Sisu é que a UFRJ se tornou realmente a universidade do Brasil. Antes de aderirmos ao sistema, tínhamos apenas 2% de alunos de outros estados. Hoje, eles já passam de 20%”, disse. Setenta e cinco por cento dos ingressos na UFRJ está entre os 2% com melhor desempenho no Enem Nacional”. Em outra entrevista ao jornal da ADUFRJ a Profa, Angela Rocha afirmou que “O nosso vestibular próprio sempre foi conteudista e elitista. Uma pesquisa feita pela universidade demonstrou que 30% dos alunos das escolas públicas se excluíam do vestibular da UFRJ. Há muitas pessoas que dizem que nosso vestibular influenciou no conteúdo do ensino médio, mas que ensino médio? Só influenciava no conteúdo das escolas de elite. Associado ao Sisu, a lei de cotas, de 2012, ampliou o acesso de pessoas que não pensavam poder entrar numa universidade federal. “Fizeram as pessoas sonharem com a universidade pública. Elas entram, mas são obrigadas a desistir do curso porque não damos estrutura para que elas permaneçam e passem nas disciplinas. Precisamos pensar uma forma de suprir uma educação básica deficiente”

O período que Aloísio Teixeira esteve à frente da Reitoria da UFRJ coincidiu com os oito anos do mandato de Lula à frente da Presidencia da República. O período onde se mais investiu na expansão e democratização do acesso ao ensino superior brasileiro no período republicano.  Isso nos traz também uma reflexão sobre o atual período de um governo golpista que retrocede em políticas educacionais ao período de Fernando Henrique Cardoso. Segundo o Economista e Educador Sérgio Haddad: “o conceito de um modelo educacional público, sistêmico e universal cede espaço, no governo interino, a um processo de focalização da ação do Estado em determinados níveis de ensino, deixando os demais à iniciativa privada. A ideia sistêmica e universal da oferta pública e gratuita da educação se rompe, com a privatização de um lado e a focalização do outro (…) essa lógica predominou nos governos FHC e deve se repor nesses tempos de restrição orçamentária. ” Ele destaca que “destacou que cada nível de educação está diretamente integrado ao outro e, portanto, priorizar um em detrimento dos demais seria uma estratégia equivocada. “Você não pode priorizar só o ensino fundamental, porque você precisa de professores para trabalhar no ensino fundamental, então você depende da universidade para fazer isso. Todos sabemos também que a educação infantil é imprescindível para o bom desempenho no ensino fundamental, assim como a educação de adultos, a educação dos pais, tem papel importantíssimo para o desenvolvimento dos alunos que estão nos cursos secundários”.

Tempos difíceis de muita luta e reflexão que nos fazem rever nesse dia, a contribuição de Aloísio Teixeira para a Educação.

 

Notas:

(1) Os temas tratados  no documento de dezembro de 2003 “ALGUMAS DIRETRIZES PARA FORMULAÇÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO QUADRO DOCENTE DA UFRJ” foram ampliados no artigo da REVISTA PRINCÍPIOS – EDIÇÃO 100, MAR/ABR, 2009, PÁGINAS 94, 95, 96, 97, 98, 99 onde ele afirmou a necessidade de completa reformulação das instituições de ensino superior: “Instituições concebidas como federações de unidades autônomas de formação profissional e baseadas na formação celular da estrutura departamental, se já eram obsoletas há tempos, hoje são um obstáculo intransponível ao desenvolvimento de um verdadeiro projeto nacional e a condenação ao atraso de nosso sistema de educação superior e de desenvolvimento científico e tecnológico”

(2) No Plano Diretor da UFRJ aprovado em 2010 as conquistas históricas da universidade ao longo  dos últimos anos fizeram parte do diagnóstico: ” a preservação do caráter público e gratuito; a preservação, como valores intocáveis, das liberdades de cátedra, de organização e expressão; os avanços expressivos, embora ainda insuficientes, na democratização dos processos internos de deliberação e escolha dos dirigentes; a alta qualificação dos corpos docente e técnico administrativo, selecionados pelo mérito em concursos públicos;

O volume e relevância da produção científica, tecnológica, cultural e artística; a relevância dos serviços prestados à sociedade, sob a forma de extensão universitária e difusão científica, cultural e artística” E apontava a necessidade de transformações na sua estrutura  ” , priorizar tanto na estruturação institucional e, quanto nas concepções pedagógicas, que deveriam avançar na direção de uma incorporação dos conceitos de integração e articulação entre diferentes disciplinas e campos do saber. Como horizonte, uma formação universalista e humanista, comprometida não apenas com a qualificação de profissionais especializados competentes, mas também com a formação de cidadãos, aptos a criticar e aprender ao longo de sua vida ativa”

Hélio de Mattos Alves é Professor da UFRJ

Idas e Vindas Itaipu

Idas e Vindas – RESEX de Itaipu – Niterói

 

No sábado, dia 18 de junho, foi realizada mais uma visita técnica como parte prática das disciplinas Tecnologia Social (NID101) e Gestão Participativa (NID102), oferecidas pelo Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social/NIDES. Em uma articulação com o programa Pesquisa-Ação na Cadeia Produtiva da Pesca/Papesca, os alunos puderam conhecer a experiência da Reserva Extrativista de Itaipu – Niterói, onde a equipe do programa auxilia a construção de um processo de gestão compartilhada dos recursos naturais da região.

 

O que é uma Reserva Extrativista?

A Reserva Extrativista (RESEX) é uma área de domínio público com uso concedido às populações extrativistas tradicionais, essas utilizam o local com a agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. A reserva tem como objetivo proteger a cultura e os meios de vida dessas populações, além de assegurar o uso sustentável dos recursos naturais no local.¹

 

O Museu

O Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI)² criado em 1977 com a função de resgatar a história do local, cedeu o guia Stelvio da Silva para compartilhar seus conhecimentos junto aos alunos e visitantes. Foi mostrado ao decorrer da trilha as origens da presença humana na região partindo desde o período pré-histórico, com os sítios arqueológicos de Sambaqui de Camboinhas, até a vinda dos portugueses e a criação do Recolhimento de Mulheres de Santa Teresa. O museu tem relações estreitas com o Parque Estadual da Serra da Tiririca, seguindo o conceito de Museu Integral, da Nova Museologia, onde o museu se integra ao contexto da comunidade em que esta inserido com suas questões políticas, econômicas, sociais e ambientais. O museu procura trabalhar a consciência histórica-arqueológica, estimulando o reconhecimento identitário e ecológico da população que o rodeia.

 

Entrevista

Amanda Chao Guerbatin, aluna de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica UFRJ, conta sua experiência durante a visita.

 

O que achou da visita?

A visita foi esclarecedora no sentido de analisar a realidade da Gestão Compartilhada de recursos naturais no país. A meu ver, o poder público participa de forma ineficiente na região de Itaipu, deixando evidente seu favoritismo para o lado mais rico do conflito ao negligenciar as necessidades básicas e os direitos da população tradicional ali localizada. A visita, apesar de seu limite de horário, pôde nos fornecer um panorama bastante amplo da situação de conflito entre as comunidades tradicionais e as grandes empresas, principalmente as imobiliárias. Foram visitados diversos pontos estratégicos, como o Museu da Arqueologia de Itaipu (MAI) que desenvolve um trabalho de prestígio ao patrimônio cultural local, fomentando também a educação socioambiental de jovens e fornecendo apoio à preservação do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET). Além disso, outros pontos importantes foram visitados dentro do parque, como a Residência do “Seu Bichinho” e os Mirantes de Itacoatiara e de Itaipu. Na residência do “Seu Bichinho” tivemos o privilégio de conversar com um morador da região e entender o seu ponto de vista sobre a disputa de terras que ocorre no Parque, sobre questões de especulação imobiliária e sobre a constante luta das famílias tradicionais para a preservação do ecossistema do parque. Chegando ao Mirante de Itacoatiara, podemos observar a gritante segregação de classes do bairro, tendo em vista as grandes mansões que dividem o cenário paradisíaco de Itacoatiara com habitações bastante humildes em áreas menos valorizadas; Por fim, no Mirante de Itaipu, nosso guia e integrante da equipe do MAI, o Stelvio, nos explicou a questão do Canal de Camboatá, também conhecido como “Canal da Vergonha” e também sobre a RESEX, a Reserva extrativista marinha da Itaipu, outra região de disputa dos interesses econômicos do grande capital contrastando com a preservação da natureza e com do modo de vida de comunidades tradicionais. Sendo assim, a visita foi extremamente rica em informações e particularidades sócio históricas e culturais para o entendimento de questões complexas, que deveriam ter um espaço maior de discussão na esfera pública e serem contempladas pela grande mídia para que ocorra a formação de um senso crítico popular sobre o assunto e o apoio aos direitos de populações tradicionais e a preservação do meio ambiente.

 

O que mais te impactou?

O que mais me impactou na visita foi observar a resiliência da população tradicional de Itaipu contra as investidas de interesses econômicos e políticos. Apesar de todas as dificuldades impostas pelo poder público, como falta de serviços básicos de qualidade de luz e energia para as casas mais acima do Morro das Andorinhas, a comunidade se esforça para manter o sentimento de pertencimento do local, a história, os hábitos e a cultura passada de geração em geração e, além disso, fornecem um serviço de monitoramento e controle ambiental na região que não é valorizado de forma alguma pelo Estado.

 

Como a visita influenciou na sua formação?

Essa oportunidade de realizar uma visita técnica a Itaipu foi a primeira aproximação concreta que eu tive no curso de engenharia ambiental da UFRJ com a questão da gestão compartilhada de recursos naturais e conflitos socioambientais. Para mim, foi uma grande experiência e eu acredito que o curso de engenharia ambiental, assim como a universidade de forma geral, deveria promover uma maior participação de discentes em questões que envolvem nosso entorno, a sociedade e o Estado. Só assim o saber acadêmico poderá articular novas formas de agir e pensar condizentes com a realidade do nosso país, revelando as potencialidades locais e valorizando o nosso patrimônio nacional.

 

Como a matéria sobre Gestão Participativa se diferencia (ou se iguala) as outras do seu curso?

A disciplina de gestão participativa se difere enormemente das disciplinas tradicionais e padronizadas que realizei no curso de engenharia ambiental porque promove não só um debate entre todos os alunos sobre os assuntos discutidos em sala (o que normalmente já não acontece em outras matérias), mas também aborda a temática da disciplina com exemplos práticos ao redor do mundo e no nosso próprio país e traz convidados com grande experiência na área para discutir cada tema. Ela promove algo maior do que um conhecimento explícito da matéria, pois estimula diálogos, atividades de leitura e redação crítica, fomentando a formação de uma cidadania participativa dos alunos.

 

A visita fez você refletir sobre algo? O quê? Por quê?

A visita me fez refletir principalmente sobre a desvalorização da contribuição ativa que a população local e as comunidades tradicionais realizam na gestão do parque perante as entidades públicas. Na minha opinião, existe uma contradição muito grande com relação ao tratamento dado aos habitantes tradicionais que residem no interior da Unidade de Conservação e têm que se submeter a precários serviços de saneamento e fornecimento de energia, visto que não são considerados dentro da legalidade imposta na lei do SNUC. Dessa forma, esses indivíduos mesmo tendo se adequado ao Termo de Compromisso Ambiental e realizarem um trabalho de reflorestamento e fiscalização do território, vivem uma constante pressão que visa sua remoção de um local onde sempre viveram. A supremacia da Lei que institui o SNUC deveria levar em consideração os diversos benefícios e serviços prestados por esses habitantes, além do aspecto cultural e histórico incluído no modo de vida dessa população do Morro das Andorinhas. A elaboração do TAC buscou essa conciliação com os termos SNUC mas eu acredito que isso ainda é insuficiente visto que esse termo de compromisso possui uma determinada validade, e quando essa validade está para expirar existe um movimento antagônico à permanência da comunidade tradicional na UC muito agressivo e que causa diversos conflitos na região. Existe uma lei, a Lei RJ2.393/95, que autoriza o Poder Executivo a assegurar às populações nativas há mais de 50 anos em unidades de conservação do Estado do Rio de Janeiro o direito real de uso, mediante contrapartidas de proteção ambiental. Portanto, é evidente que os interesses privados de determinados atores como empresas imobiliárias, dificultam a implementação dessa lei no Morro das Andorinhas. Assim, acredito que as diretrizes do SNUC são importantes em vários sentidos, mas que esta deveria levar em conta caso a caso e verificar as diversas variáveis que atuam nessa área, objetivando a preservação do meio ambiente e também o respeito aos direitos de comunidades tradicionais, principalmente visto que existe uma norma estadual direcionada para essa questão.

 

Para maiores informações e contatos com o museu, acessar:

 

Museu de Arqueologia de Itaipu²

INEA – Instituto Estadual do Ambiente

Unidades de Conservação no Brasil – Reservas Extrativistas¹

Grupo de estudos

Grupo de estudos para a prova do Mestrado do NIDES

 

Estamos organizando um grupo aberto de preparação para o processo seletivo do Mestrado do NIDES 2016.

Esse grupo terá encontros semanais, com 2h de duração cada, em que textos da bibliografia indicada no edital do mestrado serão discutidos entre os próprios integrantes do grupo. O primeiro encontro será na 2º feira, dia 25 de julho, de 13h até 15h no Laboratório de Informática para Educação – LIpE (sala H-200/g do Centro de Tecnologia da UFRJ.)

 

Obs: Os demais encontros serão também às 2º feiras, exceto no período das Olimpíadas. 

Obs: Existe a possibilidade de organização de outro grupo no horário de 15h até 17h, também as 2º feiras.

 

Nota de Falecimento do Professor Chico

Prof. Chico de Assis, assim chamado carinhosamente por seus amigos deu grandes contribuições para a UFRJ e para a cidade de Paraty formando jovens na área da construção naval de madeira. Sempre alegre e sorridente – grande mestre. 

O NIDES/CT em reunião de Diretoria entrega à sra. Ivone, esposa do prof Chico, na presença de familiares, placa de homenagem “NIDES/CT homenageia o Engenheiro Naval FRANCISCO DE ASSIS BARRETO, pela dedicação ao Projeto Tec-Naval Paraty/RJ”.  

Prof Chico foi cremado dia 08/07/2016, no Memorial do Carmo.


 
 

Oficinas e Minicursos para o ENEDS

Estão abertas as inscrições de minicursos e oficinas para o ENEDS. Clique aqui para realizar a inscrição

Trânsito na Ilha do Fundão durante as Olimpíadas

A CET- Rio vai interditar a Ponte do Saber a partir do dia 18 e só ônibus passarão

A Cidade Universitária já recebeu a pintura das faixas especiais que funcionarão como corredores de tráfego ligeiro para as equipes esportivas e autoridades durante a realização dos Jogos Olímpicos da Rio 2016. A partir do dia 18 de julho, a CET- Rio vai interditar a Ponte do Saber, entre 6h e 15h, para veículos pequenos. Apenas ônibus estão fora da restrição.

As vias exclusivas são divididas em três categorias. A “faixa compartilhada”, toda tracejada, é liberada ao tráfego em geral, mas é proibido o estacionamento ao longo da pista demarcada. Em outros pontos, as linhas contínuas pintadas de verde no asfalto indicam a “faixa prioritária” (para a família olímpica, ônibus e táxis) ou a “faixa dedicada” (só para veículos autorizados). A multa para quem trafegar irregularmente em ambas as duas últimas será de R$ 1,5 mil, mas as restrições de circulação nas vias exclusivas passarão a valer a partir de 31 de julho.

 

O trecho demarcado na Cidade Universitária passa ao lado da Estação de BRT, depois pela Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco (em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho), Avenida Carlos Chagas Filho, Avenida Horácio Macedo, Rua Maria Paulina de Souza (indo sentido Barra) e Rua Lobo Carneiro. No sentido Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, a demarcação passa pela Rua Milton Santos e contorna a praça Giulio Massarani.

A Ponte do Saber será fechada para diminuir o fluxo de veículos que fogem da Linha Vermelha através da Ilha do Fundão. Transportes coletivos continuarão passando pelo local, mas os carros serão multados no horário determinado. A restrição começa na mesma data em que caminhões estarão proibidos de circular pelo município do Rio. No dia 25 de julho, os acessos para a Linha Amarela do Méier até a Cidade Universitária também serão bloqueados. A CET-Rio montou uma página específica para orientação dos cariocas e visitantes durante as olimpíadas, o endereço é http://www.cidadeolimpica.com.br/servicos/mobilidade/.

O município vai decretar pelo menos três feriados no período dos Jogos Rio 2016: 5, 18 e 22 de agosto. Além disso, haverá queda no fluxo de pessoas em virtude das férias dos estudantes. O prefeito da UFRJ, Paulo Mario Ripper, enfatizou que não haverá necessidade de cadastramento de veículos que trafegam na Cidade Universitária. Os Jogos Olímpicos acontecerão entre os dias 5 e 21 de agosto, enquanto os Paraolímpicos vão de 7 a 18 de setembro.