Defesa da mestranda Valquiria Felix Gonçalves Felix Gonçalves

defesa

 

Percursos Autobiográficos e Construção do Conhecimento no Ambiente de Trabalho – Estudo de Caso sobre os Marceneiros e Carpinteiros da UFRJ

 

Valquiria Felix Gonçalves Felix Gonçalves

 

Resumo: A presente dissertação é resultado de projeto de pesquisa desenvolvido no Mestrado Profissional em Tecnologia para o Desenvolvimento Social vinculado à linha de pesquisa Gestão Participativa do Núcleo Interdisciplinar para Desenvolvimento Social – NIDES. Utiliza a pesquisa-ação-participativa com um grupo de trabalhadores da UFRJ que tiveram seus cargos extintos pela da Lei nº 9.632, de 7 de Maio de 1998. Faz parte deste percurso a pesquisa-ação-formação o foco na autobiografia e na construção do conhecimento no ambiente de trabalho. O presente trabalho faz uma análise dos percursos formativos – por meio de vídeos, entrevistas, reuniões com decisões compartilhadas – com um olhar especial para a formação educacional e com o objetivo de estruturar um projeto de estudos construído de forma participativa e dialógica. A base teórica se pauta na pesquisa qualitativa, descrevendo a importância da autobiografia. Também está presente o contexto das origens do Estado Brasileiro, a reforma gerencial do Governo Fernando Henrique Cardoso – com destaque para o Ensino Superior Brasileiro e a Carreira dos Técnicos administrativos em Educação. Um olhar pedagógico com vistas a construir um plano de intervenção educacional com as vozes destes trabalhadores, ancorado em diálogos e reflexões. Um convite para pensarmos a lógica de gestão de uma universidade pública por quem a faz todos os dias por meio do seu trabalho.

 

Data e horário: Dia 21 de Setembro de 2018 as 14 horas.

Local: Centro de Tecnologia, Bloco H, Auditório 322.

 

Banca:

Prof. Dr. Michel Thiollent (Orientador)

Profª Drª  Luciana Lago

Profª Drª Fabio Zamberlan

Prof. Dr. Flávio Chedid

Defesa do mestrando Pedro Henrique Kleinpaul Bruno

defesa

 

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DEMOCRACIA: Estudo de caso do gabinete digital do estado do RS 

 

Pedro Henrique Kleinpaul Bruno

 

Resumo: O uso de tecnologias digitais pela sociedade civil, para a tomada de decisões em âmbito político, pode contribuir através da criação de espaços de experimentação democrática e que permitam a complementariedade entre a democracia representativa e a participativa. Nesse sentido, o trabalho realiza um estudo de caso descritivo da experiência do Gabinete Digital, levantando possíveis causas relacionadas aos fatores que possibilitaram a implantação do projeto e as causas que resultaram no término. O Gabinete Digital foi uma iniciativa do estado do Rio Grande do Sul, que buscou a ampliação democrática através de um canal de participação digital. O projeto teve início no ano de 2011, durante o governo de Tarso Genro e foi descontinuado em 2014, no governo sucessor. Desde então, o Gabinete Digital ainda é considerado uma das maiores e mais importantes experiências de participação digital no Brasil e no mundo. A criação de novas soluções tecnológicas voltadas a esse propósito, quando superadas as barreiras, é um importante aliado brasileiro, ao contribuir para o fortalecimento democrático através da ampliação do leque de possibilidades de exercer a cidadania.

 

Data e horário: Dia 05 de setembro de 2018, às 14:00.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

Prof. Dr. Celso Alexandre Souza de Alvear (Orientador) – NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Felipe Addor (Orientador) – NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Flávio Chedid Henriques – NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Arthur Cézar de Araújo Ituassu Filho – PUC/RJ

Prof. Dr. Alan Freihof Tygel – UFRJ

Prof. Dr. Pedro Braconnot Velloso – POLI/UFRJ (suplente)

 

Defesa do mestrando Ícaro Moreno de Souza Melo

defesa

 

Analisando o Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares no debate sobre as políticas sociais no Brasil

 

Ícaro Moreno de Souza Melo

 

Resumo: Na presente dissertação pretendemos analisar o PRONINC – Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares – a partir dos debates, no geral e no Brasil, sobre as políticas sociais. Para tanto, realizamos um percurso buscando situar os padrões de intervenção estatal no campo social e como eles variariam na história. A contextualização no caso brasileiro é fundamental para reconhecer as características específicas que essas iniciativas do poder público adquiriram aqui. Sendo o programa fruto da organização da proposta política do movimento de economia solidária, se fez necessário também abordar o tema e suas especificidades, bem como a inserção do tema no aparelho estatal brasileiro, para melhor compreensão do objeto estudado. O autor fez parte da equipe que realizou a Avaliação Proninc 2017 o que permitiu uma vivência em seminários e em campo que contribuiu na consecução dessa dissertação. Desse modo, utilizamos as metodologias de sistematização de experiências descrita por Jara Holliday (2012) e também tentamos nos aproximar da proposta de grounded theory desenvolvida por Flick (2004).

 

Data e horário: Dia 31 de agosto de 2018, às 13:30.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada) [à confirmar]

 

Banca:

Prof. Dr. Felipe Addor (Orientador) – NIDES/UFRJ

Profª. Drª. Luciana Lago – IPPUR/NIDES/UFRJ

Profª. Drª. Inessa Laura Salomão- CEFET/RJ

Prof. Dr. Valmor Schiochet – FURB/SC

Defesa da mestranda Déborah Thiers de Carvalho

defesa

 

Uma análise do avanço do projeto democrático participativo no campo da garantia de direitos de crianças e adolescentes: O caso do Fórum Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente do Estado do Rio de Janeiro

 

Déborah Thiers de Carvalho

 

Resumo: O Fórum Estadual de Defesa de Direitos de Crianças e Adolescentes do Rio de Janeiro (DCA-RJ) é um dispositivo da democracia participativa do estado do Rio de Janeiro nascido na década de 1990 e uma de suas áreas de atuação é no fortalecimento da participação política de crianças e adolescentes. O Fórum DCA-RJ se consolidou como importante espaço de debate popular, fomentando a participação da sociedade civil no Conselho Estadual de Defesa de Crianças e Adolescentes- CEDCA-RJ. Tanto no espaço do Fórum DCA-RJ como no espaço do CEDCA-RJ, existe a discussão sobre maneiras de incentivar o protagonismo infanto-juvenil, engajando esse público nas discussões e decisões. No entanto, tem-se percebido entraves para efetivar essa participação. Por isso, o presente estudo tem como objetivo geral fazer uma análise sobre a consolidação da democracia participativa através do estudo de caso do Fórum DCA-RJ focalizando na análise da participação infanto-juvenil, identificando os obstáculos e favorecimentos para essa participação. A metodologia utilizada é o estudo de Caso de Robert Yin e a sistematização de Oscar Jara Hollyday. A pesquisa é qualitativa e será realizada por meio de pesquisa de campo com a análise de 12 atas das assembleias extraordinárias entre os anos de 2016 e 2018 e utilização de entrevistas semi-estruturadas aplicadas à cinco participantes do Fórum DCA-RJ previamente selecionados tendo em vista sua trajetória histórica nesse espaço. Foram verificados alguns pontos relevantes por meio dessa pesquisa, referentes à dificuldade de participação de adolescentes e ausência de participação de crianças, tais quais: a linguagem formal e inacessível para a compreensão de adolescentes, a falta de recursos para o transporte e alimentação de adolescentes de cidades distantes, a falta de um método ou funcionamento que permita a participação de crianças, o imaginário de que adolescentes não podem assumir as rédeas pois ainda são incapazes, dentre outros. A contribuição do presente estudo tem a intenção de fomentar o fortalecimento do protagonismo infanto-juvenil.

 

Data e horário: Dia 29 de agosto de 2018, as 14:00.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

Felipe Addor, Prof., Dr. NIDES/UFRJ (Orientador- Presidente da Banca)

Ricardo Ferreira de Mello, Prof., Dr. NIDES/ UFRJ

Juliana Maria Batistuta Teixeira Vale, Prof., Drª  CIESPI/PUC-Rio e UFF

Leila Maria Torraca de Brito, Prof., Dr. UERJ/Instituto de Psicologia

Defesa do mestrando Antônio Oscar

defesa

 

A relação entre resíduos do pós-consumo e energia: Estudo de caso de viabilidade da utilização de energia renovável em cooperativa de catadores

 

Antonio Oscar Peixoto Vieira

 

Resumo: A dissertação consiste num estudo de caso que avalia como a utilização da energia solar, por meio de um sistema fotovoltaico, pode contribuir para o enfrentamento do desafio da destinação final dos resíduos com inclusão social, procurando tornar economicamente viável uma cooperativa de catadores. Abordando simetricamente os dois temas, é apresentada uma reflexão sobre a interseção entre resíduos e energia, tratando conceitos como eficiência energética, lixo, resíduos zero, destinação final de resíduos, cadeias da reciclagem, energia renovável, energia evitada e microgeração distribuída. Numa via , o trabalho apresenta uma síntese da política governamental que cuida dos resíduos sólidos, tomando como referência a Lei da Política Nacional de Fresíduos Sólidos. Na via paralela, apresenta o cenário que trata da regulamentação das políticas de energia renováveis. O estdo estabelece uma conexão entre teoria e a realidade fazendo uma análise dos resultados da pesquisa de campo sobre o consumo da energia da Cooperativa Céu Azul, especializada em resíduos eletroeletrônicos. Como contribuição , a pesquisa dimensiona quais os equipamentos e instalações necessárias para a instalação de um sistema fotovoltaico que seja alternativo ao oferecido pela concessionária de modo a permitir a redução de gastos com energia elétrica. Também identifica as possíveis fontes de financiamento para a implantação do sistema fotovoltaico e as possibilidades da cooperativa se integrar a empreendimentos solidários de microgeração de energia.

 

Data e horário: Dia 31 de agosto de 2018, as 09:00.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

Prof.Dr. Luiz Guilherme Barbosa Rolim – (orientador) PPGTDS/NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Sidney Lianza – PPGTDS/NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Marcelo Guimarães de Araújo – ENSP / FIOCRUZ

Prof. Dr. Walter Issamu Suemitsu – PPGTD/NIDES/UFRJ

Prof. Dr. Vicente Nepomuceno – EEP/UNIRIO (suplente)

Jornada de Engenharia Popular

 

Nos dias 14 e 15 de agosto, representantes de movimentos sociais (e.g., MAB, MST e catadores), engenheiros/as, cientistas sociais, filósofos, arquitetas, designers e outras pessoas interessadas estarão reunidas para apresentar e refletir sobre as potencialidades e os desafios de algo como a engenharia popular. Esta poderia ser entendida como um tipo de projeto participativo emancipador, que tem como coprojetistas grupos populares, movimentos sociais ou grupos de trabalhadores organizados.

O evento acontecerá no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e contará com a participação de dois integrantes do Soltec, Celso Alvear e Fernanda Araújo. Pode-se participar dele, inclusive fazendo-se perguntas, também à distância, uma vez que ele será transmitido ao vivo pela Internet. Para a programação completa da atividade, o endereço da transmissão ao vivo e a inscrição (para quem for participar presencialmente), acessem o link: http://iea.usp.br/eventos/engenharia-popular. A atividade é gratuita.

O evento está sendo organizado pela Rede de Engenharia Popular Oswaldo Sevá, com o apoio do IEA da USP.

 

PROGRAMAÇÃO

TERÇA-FEIRA, 14/ago/2018

Demandas de movimentos populares

9h-11h: ENCONTRO 1 – Mesa-redonda – Qual engenharia ou qual tipo de solução técnica é buscada por grupos populares? Diálogo com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

• Maysa Pereira (Engenheira agrônoma, doutoranda pela UFLA e militante do MST)
• Pablo Dias (Engenheiro florestal e coordenador nacional do MAB)
• Vilma Estevam (Presidenta da cooperativa de catadores Coopersol-Leste (BH))

11h-11h15: Coffee break

11h15-12h: ENCONTRO 1 – continuação – debate com os participantes.

12h-13h30: Almoço

Apresentação da engenharia popular

13h30-15h30: ENCONTRO 2 – Mesa-redonda – O que é a engenharia popular? Apresentação histórica: a tripla origem da engenharia popular brasileira e um panorama geral das atividades que os membros da Repos desenvolvem e desenvolveram no país.

• Celso Alvear (UFRJ)
• Lais Fraga (Unicamp)

15h30-16h: Coffee break

16h-18h: ENCONTRO 3 – Mesa-redonda – O que fundamenta a compreensão de mundo e de engenharia que a EP possui? Fundamentações teóricas: pesquisa-ação, educação popular, feminismo.

• Bruna Vasconcellos (Unifei)
• Fernanda Araujo (Cefet-RJ)

QUARTA-FEIRA, 15/ago/2018

Problematização desse tipo de produção tecnológica

8h30-10h30: ENCONTRO 4 – Mesa-redonda – Alguns desafios da prática popular de projetos de engenharia. 1) Como incorporar os valores, ideais e estéticas do grupo popular ao conhecimento que subsidia o projeto de engenharia popular (ou como se construir uma ordem sociotécnica o mais próximo possível daquela buscada pelo grupo popular)? 2) Como projetar tecnologias digitais em diálogo com tecnologias têxteis artesanais: a questão do diálogo de saberes.

• Cristiano Cordeiro Cruz (USP)
• Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)
• Debatedora: Maysa Pereira (MST e UFLA)

10h30-11h: Coffee breakAlargando a reflexão: o que se pode aprender de outras iniciativas populares de produção técnica?

11h-13h: ENCONTRO 5 – Trocas de saberes, 2h – Etnografia e tecnologia. Conversa sobre a importância da etnografia e do diálogo entre saberes na construção de soluções técnicas populares. Nesta atividade, não ocorre uma palestra, mas a participação das pessoas presentes em uma conversa com e entre especialistas sobre, no caso, etnografia e produção tecnológica.

• Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)
• Zoy Anastassakis (UERJ)

13h-14h30: Almoço

14h30-17h: ENCONTRO 6 – Mesa-redonda – Projeto e tecnologia no feminino. Apresentação e discussão de outras iniciativas brasileiras que têm caminhado na articulação entre projeto, tecnologia e o feminino (do qual o feminismo é parte).

• Iazana Guizzo (Universidade Santa Úrsula (RJ))
• Joana Mello (FAU/USP)
• Silvana Rubino (Unicamp)
• Zoy Anastassakis (UERJ)
• Debatedora: Tania Pérez-Bustos (Univ. Nac. da Colômbia)

17h-17h15: Coffee break

17h15-18h: ENCONTRO 6 – continuação – debate com os participantes.

Defesa da mestranda Thaís Oliveira

defesa

 

Gestão de Empreendimentos Econômicos Solidários: a experiência das Incubadoras Tecnológicas de Economia Solidária

 

Thaís C. S. Oliveira

 

Resumo: Esta dissertação se baseia numa reflexão crítica sobre os estudos da Administração e busca, no contexto da Economia Popular e Solidária, especificamente pela prática das Incubadoras Tecnológicas de Economia Solidária (ITES) que assessoraram empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, aportes para a gestão de empreendimentos econômicos solidários. Partiu-se da complexidade e especificidade da gestão desses empreendimentos e do pressuposto que as assessorias técnicas prestadas a essas experiências se baseiam, na maioria das vezes, na gestão empresarial tradicional e não incorporam mecanismos de autogestão. Diante disso, para buscar por novos conhecimentos que pudessem contribuir com a gestão de empreendimentos autogestionários, recorreu-se a análise da experiência de três incubadoras que atuam com empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, por pelo menos 10 anos, e, dentre as metodologias, ferramentas e processos construídos com os grupos incubados, buscou-se extrair elementos que auxiliassem a pensar e construir uma gestão adequada aos princípios, especificidades e necessidades dos empreendimentos econômicos solidários. Os resultados apontados indicam que as ITES analisadas pautaram sua atuação numa educação para a autogestão, buscando a construção de hábitos, valores e condições que favorecem o desenvolvimento de uma organização democrática.  Apresentou-se ainda como um desafio às assessorias a conciliação entre as diversas racionalidades que permeiam a organização e a elaboração de soluções técnicas eficientes que contemplassem essa complexidade.

 

Data e horário: Dia 20 de agosto de 2018, as 14:00.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

Prof. Flávio Chedid Henriques, D.Sc (orientador)

Enga. Jacqueline Rutkowski, D.Sc

Prof. Michel Jean-Marie Thiollent, Ph.D.

Prof. Igor Vinicius Lima Valentim, D.Sc

Profa. Ioli Gewehr Wirth, D.Sc

Defesa da mestranda Camilla Ribeiro

defesa

 

Caminhos Dialógicos: A gestão democrática e participativa como experiência política e prática pedagógica em uma escola

 

Camilla Ribeiro

 

Resumo: A presente dissertação é resultado do projeto de pesquisa desenvolvido no Mestrado Profissional em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (MPTDS) vinculado à linha de pesquisa “Gestão Participativa” do Núcleo Interdisciplinar para Desenvolvimento Social – NIDES. A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil, situada no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Analisar a prática da gestão participativa identificando os efeitos do processo dialógico adotado como norteador da gestão de uma escola de educação infantil. De maneira mais específica, proponho apurar e analisar seus efeitos sobre os Educadores, de forma individual e coletiva, no que tange ao processo pedagógico, à gestão administrativa e às relações interpessoais. A metodologia adotada tem como diretriz a pesquisa participante com inspirações da pesquisa-acão. Busca, a partir do diálogo com os trabalhadores da escola, os Educadores, as potencialidades e dificuldades na implementação de uma gestão democrática do trabalho entre os adultos e seus efeitos sobre o fazer pedagógico. A presente dissertação é resultado do projeto de pesquisa desenvolvido no Mestrado Profissional em Tecnologia para o Desenvolvimento Social (MPTDS) vinculado à linha de pesquisa “Gestão Participativa” do Núcleo Interdisciplinar para Desenvolvimento Social – NIDES. A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil, situada no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Analisar a prática da gestão participativa identificando os efeitos do processo dialógico adotado como norteador da gestão de uma escola de educação infantil. De maneira mais específica, proponho apurar e analisar seus efeitos sobre os Educadores, de forma individual e coletiva, no que tange ao processo pedagógico, à gestão administrativa e às relações interpessoais. A metodologia adotada tem como diretriz a pesquisa participante com inspirações da pesquisa-acão. Busca, a partir do diálogo com os trabalhadores da escola, os Educadores, as potencialidades e dificuldades na implementação de uma gestão democrática do trabalho entre os adultos e seus efeitos sobre o fazer pedagógico.

 

Data e horário: Dia 10 de agosto de 2018 as 13h30.

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

– Prof. Dr. Michel Thiollent (Orientador) – PPGTDS/NIDES/UFRJ

– Prof. Dr. Flávio Chedid – PPGTDS/NIDES/UFRJ

– Profª Drª  Madalena Colette – UNIGRANRIO

– Profª Drª Eugenia Motta – IESP/UERJ

Orgulho de ser engenheira?

Esse texto, escrito por Mariana Cyriaco, ex-bolsista do Soltec, contribui no debate trazido pelo Centro Acadêmico de Engenharia da UFRJ sobre a reprovação de 70% dos alunos em Cálculo 1 em 2018/1 (https://www.facebook.com/UFRJ.CAEng/photos/a.625381080880989.1073741828.624343327651431/1758435587575527/?type=3&theater).

 

Por

 

Volta e meia me pego divagando sobre a minha profissão. Sou engenheira, mas por muitas vezes tenho dificuldade em me identificar como tal, sendo duramente reprimida por vários amigos da engenharia. “Pô, você não tem orgulho de ser engenheira?”. Tenho e não tenho.

Estudei em uma das melhores faculdades de engenharia de produção do país, compartilhei essa jornada com amigos inteligentíssimos. Mas comecei a faculdade como uma menina criativa e segura de si. Terminei duvidando muito da minha própria capacidade e me sentindo extremamente metódica e racional, quase burocrática.

Tive professores maravilhosos que me incentivaram a procurar soluções para questões reais, montar protótipos de produtos, trabalhar em campo com questões sociais. Mas a maioria das matérias que estudei se resumia a ter aulas medíocres com professores que se orgulhavam de reprovar 60% da turma. Acabar com a autoestima dos alunos parecia uma missão.

Muitos outros apenas davam palestras desinteressantes para alunos desinteressados e se limitavam a exigir presença. Li “Ensaio Sobre a Cegueira” na aula de Gestão da Qualidade. Fui proibida de ler em aulas de macroeconomia que duravam 4 horas e pareciam sessões infinitas de tortura. Escrevia cartas para mim mesma a fim de me manter sã. Era tudo tão chato e enfadonho, tive que enterrar minha criatividade para sobreviver.

Os professores exigiam disciplina, mas como ter disciplina sem antes ter paixão? Sou extremamente comprometida com as coisas que acredito, mas não consigo ser disciplinada simplesmente porque alguém mandou. Talvez esse sistema educacional sirva apenas para algumas pessoas, talvez, para poucas, mas definitivamente não serviu pra mim.

Por sorte fiz um mestrado – em uma área diferente, em um país diferente, com com uma linha de ensino diferente – que me lembrou que eu gosto de estudar. Eu podia escolher um tema que gostasse para trabalhar dentro de uma matéria específica. Eu tive liberdade de investigar as coisas que me interessavam, contanto que seguissem uma linha metodológica. Eu saí do mestrado querendo fazer um doutorado um dia. Querendo dar aula um dia. Querendo fazer uns 37 cursos de pós graduação e aprender sobre um montão de coisas da sociedade, da vida, da ciência, de mim.

Descobrir que eu gosto de estudar, redescobrir minha criatividade, tentar reencontrar minha auto estima em relação a minha inteligência foi um processo que me custou tempo e me custou dinheiro. A faculdade não precisava e não deveria ter destruído isso.

Se eu tenho orgulho de ser engenheira? Bem, acho que tenho orgulho de olhar para problemas de uma forma estruturada, da minha objetividade, da capacidade analítica. Mas isso não me serviria de muito, menos ainda de motivo de orgulho, se eu não tivesse desenvolvido outras competências que considero fundamentais, como a empatia, a vontade de olhar para o próximo e o comprometimento com o sociedade e o mundo em que vivo. Otimizar processos em uma fábrica e gerar redução de custos de milhões não me brilham os olhos se esse for o único objetivo.

A faculdade de engenharia precisa urgentemente trabalhar com o lado humano das pessoas. Precisa urgentemente canalizar a criatividade dos alunos rebeldes para solucionar problemas. Tantos inventores poderiam nascer dali. Tantos solucionadores de problemas complexos. Mas somos reduzidos a nada porque não nos adaptamos a esse sistema burocrático de educação. Porque somos indisciplinados, já que não conseguimos ter paixão. Cada vez mais vejo pessoas brilhantes indo embora da engenharia.

Em resumo, tenho orgulho da minha trajetória, mas não necessariamente da minha formação.

 

Imagem da campanha do CAENG com o slogan 70% de reprovação não é normal

Defesa do mestrando Thiago Camargo de Albuquerque

defesa

 

E A MÁQUINA LIVRO VIROU NA MÁQUINA JOGO: Sistematização de uma experiência pedagógica baseada na obra literária Macunaíma, de Mário de Andrade

 

Thiago Camargo de Albuquerque

 

Resumo: O Grupo de Educação Multimídia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GEM/UFRJ) promoveu duas edições de um curso piloto que tiveram como proposta a tradução da obra Macunaíma, de Mário de Andrade, em jogos analógicos. Estes cursos se realizaram no Instituto Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro – campus Nilópolis e no laboratório do GEM, na Faculdade de Letras/UFRJ. Com base em tal experiência, esta dissertação buscou oferecer dados que possibilitassem a análise de limites e possibilidades da realização de oficinas de transposição de linguagens entre literatura e jogos analógicos no âmbito do Projeto Travessias: Palavra-Imagem, que é operacionalizado pelo GEM há dez anos. Tratou-se, portanto, de uma sistematização de um conjunto de experiências (HOLLIDAY, 2006) relativas ao curso, desde a sua formulação até a avaliação final por seus participantes. A formulação do curso e, por consequência, esta dissertação possibilitaram a conexão de áreas do conhecimento aparentemente distantes entre si, como a educação, a literatura, a ludologia e a tradução. Pautado no trabalho como princípio educativo (SAVIANI, 1989), o curso organizou os participantes em torno de uma atividade de tradução intersemiótica (PLAZA, 2003) que consistiu numa interpretação coletiva da rapsódia marioandradina (ANDRADE, 1984) pelo aporte de materiais críticos a referida obra (SOUZA, 1979) (PROENÇA, 1987) a fim de desenvolver  jogos de tabuleiro análogos ao material estudado. Deste modo, a experiência essencial proporcionada pelo jogo (SCHELL, 2008) e suas narrativas emergentes (SALEN e ZIMMERMAN, 2012) buscaram referenciar a obra original, fazendo uso principalmente de suas mecânicas. A sistematização apresentou dados e apontamentos para o aprimoramento de atividades semelhantes em futuras ações do Projeto Travessias, bem como possibilidades de apropriações destes materiais a profissionais da educação interessados em promover atividades pautadas em princípios da interdisciplinaridade, do sociointeracionismo ou da politecnia.

 

Data e horário: 23 de julho de 2018, 16:00

Local: Centro de Tecnologia da UFRJ, Bloco H, Auditório da H-322 (em frente a escada)

 

Banca:

– Profª Drª Eleonora Ziller Camenietzki (orientadora) – PPGTDS/UFRJ (por videoconferência)

– Profª. Drª. Priscila Matsunaga – PPGTDS/UFRJ

– Prof Dr. Paulo Maia – PPGTDS/UFRJ

– Prof. Dr. Guilherme Xavier – PUC–Rio

– Profª. Drª. Eliane Bettocchi – UFJF (por videoconferência)